Crítica Internacional de "A Mulher de Preto".



Crítica: FilmFracture
Notas: De 1 a 4
Produção recebeu 3
Cinematografia recebeu 3 
Fator Assustador 4


Crítica

 Tradução: Luiza Carvalhaes




Produção:

Os filmes Harry Potter foram tanto uma maldição quanto uma benção para Daniel Radcliffe. A benção é que ele terá para sempre um lugar na infância da cultura pop e na história como o garoto bruxo; a maldição é que agora ele tem que continuar com sua carreira sob a sombra de uma das franquias mais bem sucedidas do cinema de todos os tempos. Em seguir em frente depois dos filmes Potter, Radcliffe tem um começo muito bom com o filme da Hammer Films, A Mulher de Preto. A Mulher de Preto começa com três garotinhas tendo uma festa do chá em seu sótão. De repente, elas se levantam, andam até as três janelas ao lado, abrem-nas e pulam para sua morte. Depois dessa cena, o filme corta para Arthur Kipps (Radcliffe), um jovem advogado em Londres que tem que deixar seu filho por alguns dias para cuidar dos papéis de uma falecida mulher em uma vila pequena e remota.

No trem, Kipps conhece um homem rico chamado Daily (Ciaran Hins, de ‘Above Suspicion’) que lhe dá uma carona até seu hotel. Daily é o último rosto amigável que Kipps vê, já que os outros habitantes da vila o tratam com raiva e desprezo, aparentemente com medo dele. Uma vez na casa da mulher morta, que é localizada na periferia da cidade, no meio do pântano que inunda durante as marés altas, Kipps vê a misteriosa figura de uma mulher de preto que aparece e desaparece à vontade, perseguindo-o pela casa e suas terras. No dia seguinte, Kipps vai ver o policial da cidade e, enquanto está lá, dois meninos trazem sua irmãzinha, explicando que ela bebeu um pouco de soda caustica. Ela morre nos braços de Kipps, e os moradores da vila, sabendo de algo que não vão contar a ele, tentam expulsar Kipps da cidade por um trilho. Com a ajuda de Daily, Kipps faz uma pequena pesquisa e descobre que a cidade tem sido atormentada com mortes de crianças sem explicações (todas, suicídios acidentais). Enquanto mexe nos papéis da casa, Kipps também descobre a identidade do fantasma misterioso e uma conexão macabra entre as mortes das crianças e a mulher de preto.

Para A Mulher de Preto, a roteirista Jane Golsman (‘Kick-Ass’, ‘The Dept’) adaptou o livro de Susan Hill de mesmo nome, e o transformou para que James Watkins dirigisse, e o resultado do filme é um retrocesso maravilhoso para os filmes clássicos com casas mal assombradas. O filme é uma mudança refrescante dos sobrecarregados, CG*-pesados dos filmes de hoje (*CG- tipo de efeito especial), e estabelece que um filme pode ser assustador sem exagerar nos efeitos, confiando em um roteiro inteligente e um elenco e diretor talentosos. A história é muito bem contada, em ambos diálogo e imagens, e o arco é tanto suspense quanto intrigante. O filme começa com um ‘bang!’, prendendo a atenção do telespectador e não a perde durante toda a duração do filme. ‘A Mulher de Preto’ é tão assustador quanto é divertido. No começo do filme, é um pouco difícil ver Daniel Radcliffe e não pensar em Harry Potter. Entretanto, a trama é tão cativando e o filme é tão cheio de tensão e medo, logo as idéias preconcebidas são descartadas e Radcliffe é visto como Radcliffe, provando que ele é talentoso como ator e que, para ele, há vida depois de Potter.

Fator assustador:

‘A Mulher de Preto’ é tão assustador quanto um filme pode ser quando recebe a classificação PG-13. O terror não é grotesco ou sangrento, mas temperamental e assustador. O terror do filme não somente em uma dimensão, também. Alguns dos sustos são pulinhos baratos, mas esses casos servem para nos preparar para o verdadeiro choque. As cenas assustadoras são todas feitas com criatividade, também, então esse é um resultado ainda mais satisfatório – o telespectador não se assusta simplesmente, ele se assusta de modo que eles não esperavam. E a única forma de descrever A mulher de preto em pessoa é como um cubo de gelo descendo pela refrigeração. ‘A Mulher de Preto’ é o tipo de filme que segue o telespectador até em casa e se esconde dentro do guarda-roupa ou embaixo de sua cama, esperando para assustá-lo em seus pesadelos.

Créditos ao Daniel Radcliffe Brasil!, que fez a tradução da crítica.

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